Lábio
Leporino
O ser humano assim como os demais
habitantes do planeta, está inserido em um meio natural no qual é influenciado
por fatores externos que atuam sobre a estrutura genética, podendo ser
considerado o resultado final da interação destes dois fatores, desde o começo
de sua vida. É preciso, portanto, considerar um importante período da vida
humana que é a vida intrauterina, pois também o feto, durante os nove meses de
gestação, recebe as influências do meio, seja de forma direta ou através da
mãe.
Como o desenvolvimento de um indivíduo é um processo complexo que compreende várias etapas, interferências neste delicado processo podem resultar em defeitos congênitos, sendo o período da vida intrauterina mais propenso a interferências àquele que compreende o intervalo da quarta a décima segunda semana.
Dentre os defeitos congênitos que podem estar presentes, as malformações faciais, mais especificamente as fissuras ou fendas labiopalatinas, são consideradas as mais comuns em todas as populações e grupos étnicos
Todos os dias cerca de 700 crianças com fissura de lábio e / ou fenda palatina nascem no mundo, o que significa que nasce um bebê com fissura a cada 2 min. Lábio Leporino é uma abertura no lábio ou no palato, podendo ser completa, lábio e palato. Essas aberturas resultam do desenvolvimento incompleto do lábio e/ou do palato (céu da boca), enquanto o bebê está se formando, antes de nascer.
O lábio e o céu da boca desenvolvem-se separadamente durante os três primeiros meses de gestação. Nas fissuras mais comuns o lado esquerdo e o direito do lábio não se juntam, ficando uma linha vertical aberta. A mesma situação pode acontecer com o céu da boca ou palato.

Causas
das Fendas Orais:
- Influências Psicológicas: distúrbios emocionais da mãe, durante o primeiro trimestre de gestação, podem provocar interferência na circulação do feto, causando a formação de fissuras.
- Doenças Infecciosas: estudos demonstram que 12 a 15% das mães, que contraírem a rubéola no primeiro trimestre de gestação, deram nascimento a crianças com fendas orais.
- Idade dos pais: há uma relação positiva entre idade do pai ou da mãe e fendas. Além disso, o risco de fendas orofaciais parece aumentar quando os pais são 13 ou mais anos mais velhos que as mães.
- Drogas: uso abusivo de drogas, como hipnóticos e tranquilizantes, pela gestante, ou durante a gestação, podem causar fendas oro palatinas.
- Radiações ionizantes: durante a gestação, ou em quantidade suficiente para modificar o código genético, podem ser causas de fissuras.
Dificuldades na Alimentação Decorrentes de Fissuras
A perturbação mais grave, decorrente do lábio leporino relativa à alimentação, é a impossibilidade da criança pressionar o mamilo entre os lábios e a língua. Faltando parte do lábio, não se forma o vácuo necessário para a deglutição.
- Carência alimentar: a maioria dos fissurados pertence a
famílias paupérrimas, com alimentação deficiente em Riboflavina, Ácido Fólico,
Ácido Pantatênico, Vitamina E, Nicotinamida.
- Influências Psicológicas: distúrbios emocionais da mãe, durante o primeiro trimestre de gestação, podem provocar interferência na circulação do feto, causando a formação de fissuras.
- Doenças Infecciosas: estudos demonstram que 12 a 15% das mães, que contraírem a rubéola no primeiro trimestre de gestação, deram nascimento a crianças com fendas orais.
- Idade dos pais: há uma relação positiva entre idade do pai ou da mãe e fendas. Além disso, o risco de fendas orofaciais parece aumentar quando os pais são 13 ou mais anos mais velhos que as mães.
- Drogas: uso abusivo de drogas, como hipnóticos e tranquilizantes, pela gestante, ou durante a gestação, podem causar fendas oro palatinas.
- Radiações ionizantes: durante a gestação, ou em quantidade suficiente para modificar o código genético, podem ser causas de fissuras.

Dificuldades na Alimentação Decorrentes de Fissuras
A perturbação mais grave, decorrente do lábio leporino relativa à alimentação, é a impossibilidade da criança pressionar o mamilo entre os lábios e a língua. Faltando parte do lábio, não se forma o vácuo necessário para a deglutição.
Quando a
fissura é apenas do lábio, às vezes, a criança se adapta, usando o rebordo
alveolar com a língua e o lábio inferior. Quando o rebordo alveolar é
envolvido, geralmente, é necessário o emprego de um aparelho que se adapte às
narinas para que o ar passe, apenas pela boca. A amamentação materna, nesses
casos, não é indicada. A alimentação pode ser feita com conta-gotas, tendo uma
extensão feita com tubo de borracha.
Para
evitar que a alimentação líquida vá para o nariz, coloca-se a criança numa
posição semi-vertical, quase sentada, introduzindo-se pequenas quantidades de
líquido no sulco mandibular. Logo a criança aprende a manobrar a língua, de tal
modo, que o fluido se encaminhe para o orofaringe. É aconselhável continuar
usando esse processo durante duas ou três semanas após a cirurgia do lábio. Só
depois pode-se usar uma mamadeira com orifícios aumentados e bico amolecido por
meio de fervura.
Muitas
crianças aprendem a comprimir o bico com a língua e, desse modo, obtêm uma
ingestão adequada. Quando o médico indicar alimentos sólidos, deve ser usada
uma colher bem pequena. A fenda palatina pode permitir que partículas de
alimento se dirijam para o nariz, causando irritação ou infecção, tanto para a
área do nariz como do ouvido.

Dificuldades na Fonação
O distúrbio básico, nos casos de fenda palatina, é a impossibilidade de controle da corrente de ar, durante a fonação. Posições anormais da língua, deformidades dos lábios, dos maxilares, da abóbada palatina e da dentição, são outros fatores que dificultam a fonação.
Nos casos
de fenda palatina, os sons serão enviados tanto pela cavidade nasal como pela
boca. A audição também pode ser compreendida por possíveis desvios da Trompa de
Eustáquio, que é uma importante conexão entre o nariz e o ouvido. Deve-se,
portanto, examinar a criança, frequentemente, para verificar se não houve
qualquer alteração na audição, pois, esse sentido é de grande importância no
desenvolvimento adequado da fonação. Cabe, além disso, ao dentista, examinar
adequadamente as estruturas da boca, para verificar se existe qualquer
anormalidade que possa interferir com a fonação.
Contatando
algum desvio, o Dentista deve corrigi-lo, procurando sempre orientar o paciente
quanto ao resultado a ser esperado em relação às possíveis mudanças, que venham
a ocorrer na fonação. O trabalho de recuperação, realizado pelo dentista, é de
grande importância, mas não é suficiente para normalizar a fonação do paciente.
Por isso, essa informação deve ser dada aos pais e pacientes,
conscientizando-os da importância do reaprendizado, para melhorar a fonação.
Depende do próprio paciente, de sua atitude psicológica e de seu esforço para
conseguir superar essa deficiência.

